Este livro reúne relatos autobiográficos de momentos e situações que levaram o autor a refletir sobre as relações entre o nomadismo, a arquitetura e a hospitalidade. É também uma proposta para a refundação hospitaleira das nossas cidades, para construir sobre as ruínas do contemporâneo lugares concretos destinados a pessoas reais, lugares de passeio e de encontro para pessoas diversas, lugares de recreação e contação de histórias, de intercâmbio entre anfitriões e hóspedes, como nas hospedarias e pousadas de caravanas de outras épocas. Entre as “epifânias" que abrem caminhos para as reflexões de Careri, há o cigano Melquíades, única conexão de Macondo com o mundo exterior em Cem anos de solidão; o pacto de solidariedade entre troianos e gregos; a percepção do autor, entre menires, em um descampado na Sardenha, de que os primeiros caminhos não foram feitos pelos humanos, mas pelos animais; e as viagens à pé do grupo Stalker, que busca olhar o mundo de um ponto de vista nômade. Além disso, são apresentados projetos como a tenda pensada para um grupo dormir uma noite em um beco de Roma, e que depois, em outros passeios, chegou a medir um quilômetro e meio. “Nasceu como uma arquitetura suspensa para confrontar a apreensão urbana, para colocar-se em perigo, para aprender com o espaço ao dormir indefeso como os sem-teto, para entrar em contato com o inconsciente urbano através do sonho.” E o projeto Al-Madhafah/The Living Room, criado por artistas e imigrantes na Suécia, com um espaço dedicado a que os hóspedes exerçam seus direitos de hospedar, invertendo os papéis de anftrião e convidado. Após rastrear 21 epifanias relacionadas a experiências errantes, sobre cruzar limites e a hospitalidade que se oferece e se recebe, Careri propõe ainda, em um texto adicional, uma refexão sobre questões relacionadas ao lugar da hospitalidade.
Careri, F. (2024). Caminhar Parar Hospedar-Se. Sao Paulo : olhares.
Caminhar Parar Hospedar-Se
francesco careri
2024-01-01
Abstract
Este livro reúne relatos autobiográficos de momentos e situações que levaram o autor a refletir sobre as relações entre o nomadismo, a arquitetura e a hospitalidade. É também uma proposta para a refundação hospitaleira das nossas cidades, para construir sobre as ruínas do contemporâneo lugares concretos destinados a pessoas reais, lugares de passeio e de encontro para pessoas diversas, lugares de recreação e contação de histórias, de intercâmbio entre anfitriões e hóspedes, como nas hospedarias e pousadas de caravanas de outras épocas. Entre as “epifânias" que abrem caminhos para as reflexões de Careri, há o cigano Melquíades, única conexão de Macondo com o mundo exterior em Cem anos de solidão; o pacto de solidariedade entre troianos e gregos; a percepção do autor, entre menires, em um descampado na Sardenha, de que os primeiros caminhos não foram feitos pelos humanos, mas pelos animais; e as viagens à pé do grupo Stalker, que busca olhar o mundo de um ponto de vista nômade. Além disso, são apresentados projetos como a tenda pensada para um grupo dormir uma noite em um beco de Roma, e que depois, em outros passeios, chegou a medir um quilômetro e meio. “Nasceu como uma arquitetura suspensa para confrontar a apreensão urbana, para colocar-se em perigo, para aprender com o espaço ao dormir indefeso como os sem-teto, para entrar em contato com o inconsciente urbano através do sonho.” E o projeto Al-Madhafah/The Living Room, criado por artistas e imigrantes na Suécia, com um espaço dedicado a que os hóspedes exerçam seus direitos de hospedar, invertendo os papéis de anftrião e convidado. Após rastrear 21 epifanias relacionadas a experiências errantes, sobre cruzar limites e a hospitalidade que se oferece e se recebe, Careri propõe ainda, em um texto adicional, uma refexão sobre questões relacionadas ao lugar da hospitalidade.I documenti in IRIS sono protetti da copyright e tutti i diritti sono riservati, salvo diversa indicazione.